Editorial
Por outras palavras diz-se que o que comemos manifesta a nossa identidade. Convenhamos que sim. A leitura, o que lemos, também poderá ser visto sob o mesmo prisma. O que lemos manifesta o que somos, quem somos. Para alguns, as férias são entrar em reboliço das estradas, da areia das praias; outros aproveitam para visitar familiares, amigos, celebrar, um concerto de famosos desejado há muito, uma ida ao estrangeiro, uma visita guiada a um monumento... Há quem aprecie e se deleite com a leitura de um livro, não necessariamente espesso, até talvez algum já lido noutras férias ou circunstâncias. Entre outros bens, a leitura apazigua o espírito, rompe com o stress, repõe estabilidade emocional, mostra num grande ecrã o que lemos para o saborearmos ou recusarmos. Não me atreveria a sugerir livros, pois é mais agradável saber da escolha que cada um faz para se meter dentro da obra “x” ou “y”, porque razão. E como terminará, e quando. Para mim, tenho em mente três obras, já relidas, mas quero lá voltar: “O nome da rosa”, Umberto Eco; “O velho e o mar”, Ernest Hemingway; “A Bolota”, Carlos Azevedo. Estou ansioso por ter nas mãos, saborear com os olhos os feitos dos nossos, mesmo carregados de hipérboles, “Os Lusíadas”, Luís de Camões. Que seja do vosso agrado a leitura!
Rui Marto
