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Edição | 2 de fevereiro de 2024

Editorial

José Mário Branco, em tempos idos, cantava o poema de Luís de Camões “mudam-se os tempos, mudam-se as vontades”. Trazer à memória a vontade de mudança e prever a mesma mudança no mundo não é tarefa absolutamente nada fácil. Como em qualquer crescimento na linha contínua da história, há lutas, ilusões, perde-se e ganha-se... e o mundo avança! Em 2019, o Festival da Canção da RTP brindava-nos com uma banda, de olhos vendados, os Madrepaz, em estilo singular e harmonioso. Cantavam eles: “Pudesse eu escolher o que está para acontecer... o melhor é cantar.”  E como refrão a insólita letra para os ouvintes e telespectadores: “daremos as mãos, faremos o mundo ouvir esta canção que os ventos vão levar para o mundo um dia mudar... viveremos em paz”. Parto e crescimento sempre laborioso desta nossa história humana. Ora se luta contra os de fora, ora se peleja contra os de dentro, mais atreitos a descobrir os males, as deficiências, os erros, do que as qualidades para o enriquecimento e crescimento harmonioso, se algum dia poderá existir! Todos os dias experimentamos o desassossego desta aventura da vida, para nos mantermos de pé, conscientes, esclarecidos e animados para responder aos desafios, aos enredos, à própria sobrevivência. Os Madrepaz acreditam no vento, no seu movimento impercetível, às vezes feroz, quase sempre brisa suave a transportar melodias, canções que exprimem sentimentos de mãos que se aproximam, de mãos dadas, para o mundo um dia mudar... e já muda! Para viver em paz! Da populaça desordenada, cativa das violências, dos gurus, a alimentar desenfreadamente tiranos... a uma convivência onde todos trabalham, pensam, partilham, alegram-se e sofrem, avançam! Diz-me, vento, que canção levas no teu ventre?

 

Rui Marto

Reativa
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