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Edição | 20 de Novembro de 2020

Editorial

 

Em 1924, a International Save the Children Union publicou o texto da primeira declaração internacional de direitos da criança, tendo sido adoptada pela Liga das Nações em 1924. O documento original está arquivado em Genebra, com assinaturas da Eglantyne Jebb, fundadora da Save the Children, além do polaco Janusz Korczak e do político suíço Gustave Ador. A Organização das Nações Unidas (ONU), sucessora da Liga das Nações, decidiu adoptar e expandir o texto da declaração, sendo ratificada pela Assembleia Geral da ONU em 20 de Novembro de 1959. Essa data marca o Dia Mundial da Criança. A declaração foi sucedida pela Convenção internacional sobre os direitos da criança, ratificada em 1989 pela ONU. A tiragem do Notícias de Fátima acontece precisamente neste dia, embora, infelizmente, alguns leitores só uns dias mais tarde recebam nas suas casas esta mesma edição. Um dia destes relembrava o tempo da nossa infância, praticamente igual em todos os lados: escola, das meninas e dos rapazes, as brincadeiras, os jogos da bola nos rossios, nos largos das aldeias, nas encruzilhadas dos caminhos... passavam as bicicletas com o cuidado que se impunha, as carroças, aí era preciso chegar para o lado ou parar a jogatina, ou, de vez em quando um automóvel, sim, o ruído do motor e a buzina avisavam que a brincadeira não terminava, só um fôlego para observar quem conduzia a viatura, e a bola continuava a rolar. Exaustos, a transpirar, sentados todos, embora as mães chamassem ao longe, avaliava-se o jogo havido, as oportunidades perdidas, entre risos, vozearia, uma história, e lá íamos para casa, tentando escapar ao ralhete. Enfim, éramos muitos, sentíamo-nos no nosso lugar, os adultos sabiam que existíamos, pacientavam pelas nossas maroteiras. Crescíamos sem pressa da competição, desafogados do perder tempo, não havia contas ao tempo e cada novidade era uma aprendizagem que nos completava. Éramos muitos, constituíamos a parte mais importante, o tesouro, de cada família. Mesmo que a “verdasca” ou o “chinelo” pudesse ser prometido, e às vezes actuava e forte, crescíamos felizes. Natação... qual quê? Inglês... não estava no horizonte. Tanta coisa mudou e ainda bem. Desejaríamos saudar todas as crianças, as da família, as vizinhas, as do mundo inteiro, gostaríamos que fossem felizes, que crescessem no seu tempo e pudessem contar connosco para a obra de construção que está a nascer em cada uma e cada um. Hoje, e gostaríamos que fosse sempre, o Notícias de Fátima sorri para cada criança e deseja o melhor do mundo.

 Rui Marto

Reativa
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