Editorial
E altura de fim de cursos, bênção de pastas, momentos de festa. Gostaria de felicitar todos os jovens que chegam ao fim, ou pelo menos primeira fase de formação universitária. Também está de parabéns toda a comunidade educativa, os pais, formadores, todos os envolvidos no processo de formação, que somos quase todos, a comunidade social. Também é para a totalidade da comunidade que a formação é orientada, as necessidades mais variadas a serem ultrapassadas. Sem pôr absolutamente em causa a liberdade de escolha, de opções para o futuro, mesmo o lugar de trabalho, há ocasiões em que os jovens formados emigram para outros países aparentemente mais prósperos, mais convidativos na ordem financeira e de níveis de salário. Surgem então algumas dúvidas, mesmo questões de ordem organizativa da própria comunidade social. A Europa apresta-se a realizar eleições e são colocados a nossa consideração problemas a serem resolvidos ou minimizados pelos eleitos. Infelizmente, o mais premente é a paz. Outros se enfileiram como a habitação, a investigação, o progresso e coesão europeia. Para os jovens, formados no ensino superior ou não, importa situar no contexto de migrações internas, como aliás todas as pessoas, indo mais além do conceito de migrante, um pouco ultrapassado ou mal compreendido. A comunidade social dos países ganharia certamente com novo enquadramento e oferta de possibilidades aos mais jovens, os da cartola, dos diplomas, e todos os outros. Que seja Europa também cá por casa!
Rui Marto