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Edição | 15 de dezembro de 2023

Editorial

No momento em que escrevo este pequeno texto decorre, quase a terminar, o grande encontro/conferência, 28º, das Nações Unidas sobre as alterações climáticas, no Dubai. Numa observação rápida do estado das nações e dos povos, não tem sido fácil a convivência e até a própria existência: há muitos milhões a morrer de fome, sem casa, sem escola, sem tecto, sem trabalho... dia e noite debaixo da violência das armas e das guerras, as contingências da saúde cada vez mais precária, os conflitos... apetece-nos voltar ao princípio, ao princípio das coisas, da vida, da natureza e dos humanos. Com talvez um pouco de saudade ou nostalgia recordamos o Natal de outros tempos, a alegria da mesa, a missa do galo e as prendas no sapato colocado à lareira, o ambiente familiar, a fogueira na praça e tantas coisas do maravilhoso e da memória. Voltar a ser criança, por sinal, encharcar-se de novo do princípio. É certo, o tempo não volta para trás, por mais que o desejemos, nem voltaremos a ser crianças. Porém, que nos impede de pensar, e agir como criança? De saborear as coisas simples, de convivermos com o coração sem pedras barreiras? Podemos ir ao musgo, fazer o presépio, usar a velha fritadeira para os bailarotes e partilhá-los, saborear o par de meias novas, a estrear, como o melhor presente. Não estivemos no Dubai, nem teremos a ousadia de governar sobre os governantes do mundo grande, mas conseguimos voltar às origens, à família, ao convívio, à paz, no que tem de mais belo, acolhedor, repleto de encanto. Feliz regresso às origens, feliz Natal!

 

Rui Marto

Reativa
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