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Edição | Capa do Notícias de Fátima do dia 30 de novembro de 2023

Editorial

 

Para iniciar uma conversa, algumas pessoas perguntam pelo estado do tempo. Outras pretendem saber novidades, como se esperassem que a criatividade lhes trouxesse novos momentos de bem-estar e de esperança; as novidades também podem ser más, se forem dos outros e nos mantivermos sem laços, aparentes, com essas coisas desconhecidas. Isto vale para tudo, e confirmado pelo provérbio “nada de novo debaixo do sol”. Durante alguns meses, nos anos noventa, certa radio transmitia, no programa de cada dia, “o leão morreu esta tarde”, música gospel, em que se juntavam vozes extraordinárias a cantar letras e melodias a recordar a escravidão negra e a sua esperança em dias melhores, de liberdade tão desejada. Era um renovado acto de crer na travessia do tempo e das intempéries. Como aquele grupo “gospel”, também hoje a música continua a apresentar novidades e a repetir-se: nada de novo debaixo do sol. Mesmo assim sendo, os seus intérpretes fascinam-nos com as suas vozes, as composições que nos trazem aos ouvidos e a encenação em projectos bem pensados. Há músicas que nos elevam até ao sublime, inatingível; interpretadas por grupos onde as raças se misturam para cantar a mesma aventura da liberdade e da paz, sorriso aberto e coração em fogo, isto é de todos os tempos e bem poderia ser de todos os países. A América tem produzido estes grupos, excelentes grupos, as igrejas e sua mensagem têm sido oportunidades para tantas coisas bonitas! África, sempre a ser desafiada para a dignidade e liberdade de cada pessoa. Permito-me pensar no Médio Oriente onde nada de novo aparece, sempre do mesmo, mas também lugar onde, pela música se chegará, um dia, a alcançar paz duradoira, partilha fraterna do pão e da liberdade, onde todos tenham o seu lugar. Muito além da Sociedade das Nações, ou ONU em dias de hoje, bonito será ver e escutar cantos novos de proximidade da paz, da partilha de vizinho com vizinho. Sim, surgirá! Serão, porventura, as luzes do Natal as suas anunciadoras! E os anjos seus cantores!

 

Rui Marto

 

Reativa
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