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Questionário de Proust As várias facetas de António Oliveira

14-03-2024
Tem três amores - a esposa, os filhos e os netos. E várias paixões, entre elas o desporto e o associativismo, que o levaram a abraçar outros desafios, como a actividade de treinador, a rádio ou a escrita. Embora diga que não tem perfil de político, também deu o seu contributo nesta área. Por vezes também comete alguns excessos, já que não consegue resistir a uma boa feijoada ou a um bom cozido à portuguesa. E arrependimentos? Tem apenas um: ter estado no Ultramar, mas não havia como escapar. Nesta edição, damos a conhecer as várias facetas de António Oliveira, que vão muito para além da de professor. Essa, todos sabemos que exerceu com paixão e dedicação, tendo terminado a carreira profissional como director no Agrupamento de Escolas e Jardins da Serra.

Notícias de Fátima (NF) - Qual é a sua ideia de felicidade plena?

António Oliveira (AO) – Um professor da Universidade de Sorbonne dizia que a felicidade nunca está onde a colocamos. Para dizer que a plena nunca é alcançável porquanto quando pensamos atingi-la esta já não nos satisfaz. No meu entender, há felicidades momentâneas: Fui feliz no casamento, no nascimento dos filhos e netos. Outros houve como quando o Benfica foi campeão Europeu, no 25 de Abril.

NF - Qual é o seu maior medo?

AO- O meu receio é o futuro do planeta ameaçado a diversos níveis: ecossistema e guerras pondo em perigo toda a humanidade, perante a passividade e prepotência de quem governa, agindo como se isso fosse só para os outros. António Guterres disse recentemente que “se a Terra fosse um ser humano estaria nos cuidados intensivos”. Sintomático.

NF - Qual é a característica que mais detesta em si mesmo?

AO – Ansiedade e insatisfação. Por muito que eu me esforce para fazer uma coisa, fico sempre com a sensação que nunca está perfeita. Isso cria em mim alguma ansiedade e sobretudo frustração, apesar de ter a noção que terei dado o meu melhor.

NF - Qual é a característica que mais detesta nos outros?

AO – A hipocrisia, a falsidade e o oportunismo sobretudo quando pretendem fazer alguma coisa para a comunidade/país para daí tirar dividendos.  

NF - Que pessoa viva mais admira?

AO – Obviamente que os meus filhos são sempre uma referência. Satisfaz-me saber que são reconhecidos pelo seu trabalho, onde quer que seja, a sua verticalidade. Admiro todos aqueles que privam da sua liberdade para que os outros a tenham, mesmo com a própria vida.

 

Leia a notícia completa na edição impressa do Noticias de Fátima no dia 15 de março de 2024.

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