Estimadas Leitoras e Estimados Leitores,
Para a Festa de São Martinho não escrevi um Ensaio, mas sim uma pequena História da Infância. Espero que gostem e no Dia das Lanternas também queiram acender uma Luz para a Pequena Estrelinha:
O Simbolismo da Rosa fascina a Humanidade. É a Flor de Nossa Senhora, que representa o Bem. Bem de Amor, Gratidão, Dedicação, Cuidado … e muito mais da Luz que ilumina a Estrada da Vida. O Título do presente Ensaio possivelmente surpreende. Acontece que a História de São Martinho, um Militar do Exército Romano, conta sobre a Rosa do Bem: Com a Espada cortou o seu Manto e partilhou com um pobre Pedinte. O Valor da Benevolência viveu na Noite a seguir, quando, por intermédio de um Sonho, viu Jesus, que apareceu com o oferecido Pedaço do seu Manto.
“Mateus 25: 35,36
³⁵ Porque tive fome, e destes-me de comer; tive sede, e destes-me de beber; era estrangeiro, e hospedastes-me;
³⁶ Estava nu, e vestistes-me; adoeci, e visitastes-me; estive na prisão, e fostes ver-me.”
Não é a História de um Santo e um Milagre. Somente um pequeno Gesto de Cuidado e Atenção. Por vezes na Vida suficiente para alumiar o Caminho de Outrem: Palavra de Conforto, Presença em Tempos difíceis ou Dissolução da Solidão de quem procura uma Luz ao Fundo do Túnel. Uma Luz como a Estrela de Belém, que guiou os Reis Magos até ao Presépio. Como seria a Vida se existissem muitas Estrelinhas a guiarem para além dos Caminhos repletos de Arbustos com Espinhos? Pergunta que me faz recordar uma pequena História:
Era uma vez uma Estrelinha, ainda muito nova e pouco conhecia do Mundo, mas era muito curiosa. Uma Noite de Novembro aconteceu que no meio da Escuridão olhou para a Terra e pensou: “Que estranho? Luzinhas como Estrelinhas na Terra?” A Curiosidade ganhou. Foi investigar o “Caso”. Não eram as Luzes da Cidade, nem das Casas das Pessoas e muito menos dos Carros. Decidiu descer à Terra e ficou surpreendida: Eram Procissões com Lanternas. Muito silenciosa, sem ninguém a descobrir, procurou a Explicação. O que ouviu a encantou: Era a Noite de São Martinho. Conta a História, que quando morreu, encontrava-se em Viagem, por conseguinte foi levado para Tours. Porém – acompanhado de uma Procissão de Velas. Acontecimento que deu origem às Caminhadas com Lanternas. Uma Celebração, que no Presente se realiza em muitos Países, para encanto dos mais Pequenos – com Sinceridade também para os que contam mais uns Aninhos. Alegria e Cânticos acompanham as Luzinhas nas Noites de Novembro por vezes frias e geladas. A pequena Estrelinha voltou para o Céu e contemplou como o Mundo conseguia ser belo e acolhedor. No entanto via como Bem e Mal viviam no mesmo Universo. Perguntou à luminosa Estrela de Natal: “Porque é que a Vida não é sempre luminosa?” A Sábia Estrela respondeu: “Porque por vezes os Corações se perdem e na Escuridão não conseguem encontrar ou ver a Esperança. Não somente se perdem na Vida, como também perdem a Coragem para não desistir. Por isso, pequena Estrelinha, é importante alumiar a Terra.” Após a Noite de São Martinho a Celestial Luzinha procurava brilhar o melhor possível, para Todos chegarem às Metas dos seus Sonhos.
Sempre que chega o Dia de São Martinho e vejo no Céu uma brilhante Estrelinha recordo a pequena História da Infância, assim como as Lanternas a iluminarem a escura Noite de Novembro.
Talvez a pequena História para uma Publicação Jornalística seja interpretada como um pouco modesta ou até infantil. Possivelmente somente ao Primeiro Pensamento, porque está em boa Companhia. Antoine de Saint-Exupéry escreveu na sua célebre Obra “O Pequeno Príncipe”:
“Os homens cultivam cinco mil rosas num mesmo jardim e não encontram o que procuram. E, no entanto, o que eles buscam poderia ser achado numa só rosa.”
A Rosa de São Martinho encontra-se em Todas as Ações que se dedicam à Construção de um melhor Mundo. Mais vale acender uma Luzinha, do que ficar na Escuridão com o Argumento, que sozinha/o não se consegue salvar o Mundo. São Martinho não estava em Poder de um Manto para consolar todo o Mal do Mundo, mas no descrito Momento ajudou a dissolver o que Augusto Gil descreveu na sua “Balada da Neve”:
“E uma infinita tristeza, / uma funda turbação / entra em mim, fica em mim presa. / Cai neve na Natureza / - e cai neve no meu Coração.”
Dissolução da severa Frieza e Pobreza no Coração está na Mão de todo o Ser Humano.
“Batem leve, levemente, / como quem chama por mim.”
Desejo um Bom São Martinho com a Rosa do Amor da Atenção para com Outrem e Todos Nós. E talvez se encontrem mais Rosas do Bem na “Misteriosa Arca Musical de Natal”, que confirmam: Vale a Pena não desistir de caminhar, mesmo quando o Caminho no meio de Arbustos com Espinhos dá origem a pensar, que o Bem não se encontra. Por vezes desistimos cedo demais. Um Roseiral no meio da Neva, conta que a Fé existe e começa a florir, quando menos se espera. Eis a Mensagem dos Contos da Misteriosa Arca Natalícia que a “Viagem Lusitana” encontrou ao longo da Sua Viagem no Mundo da Literatura. Boa Leitura.
Com Luzinhas de Lanternas apresento cumprimentos de Bem
Isalita Pereira
(Secreta Poeta)
São Martinho
São Martinho das Lanternas,
Que brilham como Estrelas.
Com Alegria festejado
e Cânticos venerado.
O Teu Manto partilhaste
e nem um momento hesitaste.
Um Gesto de Bondade,
que ofereceu a Saudade:
O Bem conhecer,
para o Mal não vencer.
Iluminar a Escuridão –
Com a Luz do Coração.
Uma Lanterna acender,
para na Janela São Martinho se ver.
Bom São Martinho
Jornalístico Crossover –
Quem pretender “colecionar” mais “Literárias Rosas” para o “Ramo da Vida”, aceite o convite para conhecer as Rosas Mensageiras ou de Recordação na “Viagem Lusitana” no Magazine Descendências.
https://descendencias.pt/category/viagem-lusitana/
FIM