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João Caldeira Heitor

7 de maio, 2021

Os desafios da actividade e da política turística

O regresso à actividade turística, em larga escala, é confirmado pelo recente estudo da European Travel Comission que anuncia a vontade de 54% dos europeus viajarem na Europa, até ao final de Julho. Conscientes desse desejo e na necessidade de permitir, com segurança, a liberdade de circulação, o Parlamento Europeu aprovou no passado dia 30 de Abril, a criação de um Certificado Verde Digital, que comprovará a vacinação, a testagem ou a recuperação da COVID ‑ 19, dos cidadãos europeus.

Ainda que as pessoas estejam sedentas de viajar, de desfrutar de férias e de visitar os seus locais de culto, a concretização desse anseio depende da confiança e das garantias proporcionadas nos respectivos destinos. A segurança nas viagens e na permanência nos territórios passou a constituir‑se um requisito que empresas, entidades públicas e privadas precisam de implementar e evidenciar, readquirindo, desta forma, a confiança perdida. Vivemos num tempo em que a qualidade, a certificação e a transparência de procedimentos se assumem fundamentais como resposta às novas exigências de consumidores e autoridades de saúde.

O turismo deve aproveitar esta oportunidade para melhorar a sua oferta, delinear novas estratégias, reinventar e inovar. Estes desafios exigem do governo, das associações do sector, das empresas, das autarquias, das escolas e das universidades respostas concertadas, assentes em planos estratégicos adaptados aos diversos produtos turísticos. Para além do planeamento a curto e a médio prazo, são necessárias acções concretas que conquistem as pessoas e que promovam o retorno da actividade turística. A “Campanha 10 001 Noites”, que oferece uma noite extra e um voucher de 10€ para refeição, no acto da reserva de uma ou mais noites em hotel do concelho de Ourém, lançada pelo Município, foi uma excelente medida de apoio directo à economia (hotelaria e restauração) e à promoção do destino turístico de Fátima.

A tranquilidade e espiritualidade que o Santuário de Fátima proporciona a peregrinos e turistas, a riqueza do património cultural e histórico que o concelho de Ourém possui, consubstanciam uma oferta diversificada com mística, identidade e harmonia.

Neste cenário que vivemos, a comunicação readquiriu redobrada importância no relacionamento com os consumidores e operadores turísticos. Se no último ano as empresas precisaram de se reforçar nas plataformas digitais para divulgar as suas ofertas, a digitalização passou a afirmar‑se como um “parceiro” que promove a competitividade ao garantir a comunicação com os clientes.

Relendo esta reflexão, constamos existirem diversas áreas e responsáveis (públicos e privados), que devem delinear uma estratégia concertada para o renascimento do sector do turismo. Conhecendo a sua determinação e resiliência, acreditamos que tudo farão para (em conjunto) alcançar esse objectivo e relançar este importante sector económico do concelho de Ourém.

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