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Aciso, que perspectiva "horizonte de esperança para Abril de 2021", traz a secretária de Estado do Turismo a Fátima

Sociedade - 14 de agosto, 2020
Na manhã de 12 de Agosto, Rita Marques, Secretária de Estado do Turismo, reuniu na Cova da Iria com um grupo de empresários de Fátima. O mote para a reunião teve que ver com a apresentação pelos empresários das principais dificuldades e preocupações surgidas nesta nova conjuntura mundial de pandemia e com a tentativa de fazer ver a necessidade de maiores apoios para o sector.

Rita Marques quis deixar em Fátima uma “palavra de confiança e esperança”, assumindo o “compromisso de um acompanhamento constante da evolução socioeconómica e da eficácia dos mecanismos disponibilizados pelo Estado” para fazer face à grave situação que o sector turístico nacional atravessa e em específico o turismo religioso em Fátima.


A Secretária de Estado confirmou as dificuldades na definição de planos a médio e longo prazo, “já que a incerteza é a nossa única certeza” e informou da publicação a curto prazo de “um despacho interpretativo que define os princípios e as regras que devem ser privilegiadas e que deverão ser aplicadas nos eventos corporativos, salvaguardando as questões de segurança sanitária”.


A reunião, que decorreu no Auditório dos Padres Monfortinos, contou com a intervenção da presidente da Aciso, Purificação Reis; do Presidente da Câmara Municipal de Ourém, Luís Miguel Albuquerque; de Jorge Almeida, da Entidade Regional de Turismo Centro de Portugal, e de Alexandre Marto, em representação da Agência Regional de Promoção Turística Centro de Portugal.

 

Em declarações aos jornalistas, Purificação Reis referiu quebras no Turismo de Fátima na ordem dos 90%. A presidente referiu à agência Lusa que “o horizonte de esperança que os empresários têm é abril de 2021 e o que os preocupa mais é como é que vão manter as suas unidades em funcionamento até lá”.

 

A Secretária de Estado foi alertada para a necessidade de os empresários receberem apoios que permitam manter os postos de trabalho. 

 

“Sabendo que não se perspetiva retoma significativa antes de abril de 2021 é necessário que, até lá, haja formas de apoiar os empresários para que consigam manter as suas empresas em funcionamento e os postos de trabalho”, disse Purificação Reis.

 

No que respeita aos representantes de entidades da área do Turismo, Alexandre Marto apontou Fátima como “a principal âncora turística de internacionalização da região centro” e cuja quebra nas receitas tem fortes impactos em Fátima e em toda a região. Jorge Almeida da Turismo Centro de Portugal definiu como prioridade a adopção de medidas para um “quadro de estabilização e sobrevivência do sector turístico”.

 

Entre outras propostas, o presidente da Câmara Municipal de Ourém referiu a importância do estabelecimento de um “Plano de Retoma do Turismo Religioso” centrado na necessidade de “reiniciar e reforçar as ações de promoção, logo que as mesmas possam vir a ser retomadas, nos mercados estratégicos para o sector do turismo religioso”. As sugestões passam por “um apoio financeiro a rotas aéreas, regulares e charter; o reforço financeiro das equipas de turismo nesses mercados, nomeadamente visando a captação de press/fam trips e a produção e difusão de conteúdos nos media incidentes no Turismo Religioso; a realização, nos citados mercados, logo que possível, de eventos de promoção específicos dirigidos ao Turismo Religioso; o reforço da capacidade financeira das Agências Regionais de Promoção Turística e o apoio à Aciso no desenvolvimento do seu Plano Promocional, incluindo a realização do Workshop de Turismo Religioso e de outras ações de promoção especializadas”.

 

Após os contributos dos vários intervenientes e em particular dos empresários fatimenses do setor turístico, a Secretária de Estado do Turismo sublinhou a importância do turismo para Portugal, representado 8% do PIB, e neste contexto enumerou as diversas medidas já adotadas pelo Estado para responder às consequências sociais e económicas da Covid19. Lembrou a implementação do layoff simplificado “que foi adotado em cerca de 50% das empresas turísticas nacionais” e a disponibilização de linhas de crédito, em particular para as micro e pequenas empresas.

 

“Estas medidas permitiram introduzir no tecido empresarial turístico 1,3 mil milhões de euros”, salientou Rita Marques. Segundo a Secretária de Estado “o layoff simplificado foi uma medida importante”, mas era importante “garantir que o rendimento das famílias não seria mais afetado”. Neste contexto, sublinhou “os apoios extraordinários para as empresas turísticas que tenham uma quebra de faturação superior ou igual a 75%” e anunciou que, se for necessário, os prazos das moratórias financeiras em vigor até março de 2021 “poderão ser prorrogados” e as moratórias fiscais serão também reavaliadas.

 

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