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Helena Barroso

16 de novembro, 2023

Dor no idoso

A faixa etária acima dos 65 anos de idade corresponde a uma proporção significativa da população apresentando uma tendência crescente nos últimos anos. Esta realidade tem como consequência um aumento do número de idosos frágeis, com necessidades específicas e de individualização de cuidados.

A dor crónica moderada a forte é um sintoma comum entre as pessoas idosas afectando cerca de 50% dos idosos que vivem na comunidade e aproximadamente 85% daqueles que estão institucionalizados em lares.

A dor do idoso relaciona-se, principalmente, com a osteoartrose, o cancro, o pós-acidente vascular cerebral, a neuropatia diabética, dor de cabeça, fibromialgia, a dor pós-herpética ou com os traumatismos por quedas.

Tudo isto está relacionado com a diminuição da capacidade funcional, o aumento do risco de quedas, a diminuição do apetite e do consumo de água, os distúrbios do sono, a depressão/isolamento/solidão, a ansiedade, períodos de agitação bem como da sua diminuição da capacidade cerebral/cognitiva.

Esta dor vai ter um impacto na socialização e conduz a um aumento do risco de polimedicação, de interacções medicamentosas e a um maior consumo de serviços com aumento dos custos em saúde.

Portugal é um dos países da União Europeia com maior envelhecimento da população e, tratar a dor relacionada com o bem-estar, é uma prioridade, mas lembro que o respeito, a admiração e o amor que lhe damos está na base até no sentir da sua dor.

Ser idoso é ter histórias para contar, o partilhar de experiências de vida com o que também aprendemos, é alguém que precisa da nossa atenção e do nosso abraço.

Lembremo-nos: nós somos os idosos de amanhã!

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