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Pedro Afonso

3 de junho, 2022

Jane Eyre

Existem casos verdadeiramente fascinantes na literatura; no começo do século XIX, Inglaterra desenvolvia-se rapidamente e a indústria florescia, no seio de uma família pouco comum ocorre algo muitíssimo peculiar. De seis filhos, três pequenas jovens apaixonam-se fervorosamente pela leitura e, mais tarde, pela escrita: Charlotte, Emily e Anne - infelizmente Maria e Elizabeth, as filhas mais velhas, pereceram ainda novas de tuberculose. Não nos espantaria se uma encontrasse sucesso, mas acontece que, hoje em dia, as três são mundialmente reconhecidas como grandes autoras. Assim nasce a história das irmãs Brontë.

 

Falarei de Charlotte, a mais velha das três, que escreveu Jane Eyre sob o pseudónimo de Correr Bell. A novela dividida entre o romântico, o gótico e o romance de formação (bildungsroman). Jane, protagonista e narradora, começa como órfã, acolhida por uma tia que insiste em impedir as vontades da pequena. Essa será a primeira de vários antagonistas que insistem em fazer justamente isso: reprimir Jane e a criação do seu carácter.

 

Prontamente, após as discórdias com a tia, Jane é enviada para um internato, onde poderá começar a desenvolver-se. Apesar de todas as adversidades, é com as suas companheiras que vemos formar um carácter audaz e muito próprio, com a qual jamais deixaremos de a identificar. Ao longo do livro recordamos com Jane o seu crescimento, assim como as suas desventuras (algumas delas quase paranormais), das quais se livra com uma humildade capaz de recuperar a brandura da vida, e os seus amores.

 

Apesar do seu carácter claramente fictício, o percurso de Jane parece trazer muito da vida de Charlotte. Jane Eyre é uma novela arrebatadora e genuína, capaz de iluminar a importância dos nossos sentimentos.

             

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