Notícias de Fátima
Sociedade Religião Lazer Educação Desporto Política Opinião Entrevistas Como Colaborar Contactos úteis Agenda Paróquia de Fátima Ofertas de Emprego
PUB
Home Sociedade Mercado Imobiliário em Fátima: Preços Subiram 48% em Cinco Anos

Mercado Imobiliário em Fátima: Preços Subiram 48% em Cinco Anos

Sociedade - 6 de maio, 2025
Descubra como o mercado imobiliário em Fátima valorizou quase 50% desde 2020. Veja tendências, oportunidades de investimento.

O mercado imobiliário de Fátima atravessa um ciclo de valorização que impressiona. Conhecida mundialmente pelo seu santuário, a cidade está a consolidar-se como um polo atrativo para investimento imobiliário em Portugal. Desde janeiro de 2020, o preço médio por metro quadrado aumentou de 1.086€ para 1.611€ em abril de 2025, um crescimento acumulado de 48,3%. Esta valorização coloca Fátima no radar de quem procura uma cidade estável, com potencial turístico e com imóveis ainda relativamente acessíveis.

 

Uma cidade com mais do que fé: qualidade de vida, segurança e mobilidade

 

Fátima oferece um estilo de vida tranquilo, boas infraestruturas, acesso rápido à A1 e proximidade a centros como Leiria, Coimbra e Santarém. Essa centralidade geográfica e a oferta de serviços de qualidade têm contribuído para uma procura crescente por parte de famílias, reformados e profissionais em regime híbrido ou remoto.

Além disso, o desenvolvimento urbano tem sido acompanhado por obras de requalificação e novas construções, em particular de apartamentos modernos e moradias térreas – um segmento cada vez mais valorizado por compradores com perfil familiar.

A valorização do metro quadrado em Fátima: análise em números

 

  • Janeiro 2020: 1.086€/m²
  • Abril 2025: 1.611€/m²
  • Aumento acumulado: +48,3%

  • Crescimento só em 2025 (jan–abr): +2,2%

  • Tendência anual (2024): +6,5%

Dados retirados de idealista.pt

A evolução dos preços mostra que Fátima continua a afirmar-se como um destino atrativo para viver e investir.

 

 

Imóveis como ativos de rendimento

 

 

O turismo continua a ser um motor forte da economia local. Durante os grandes eventos religiosos, a cidade recebe centenas de milhares de visitantes. Muitos investidores têm apostado em apartamentos para alojamento local, cujas taxas de ocupação ultrapassam os 90% em períodos de pico. Mas também há procura constante por arrendamentos mensais, impulsionada por trabalhadores sazonais e residentes em transição.

 

Financiamento: peça central na decisão de compra

 

Com o aumento dos preços, o financiamento torna-se ainda mais relevante. É fundamental simular com clareza os encargos mensais e os custos totais do crédito. Ferramentas como o simulador de crédito habitação do Santander permitem testar diferentes prazos, taxas e montantes, ajudando o comprador a tomar decisões informadas e sustentáveis.

 

Oportunidade ou pico? O que dizem os especialistas

 

Fátima, à semelhança de muitas cidades portuguesas, enfrenta atualmente um desequilíbrio estrutural entre a procura e a oferta de habitação. A crescente atratividade da cidade — tanto como destino turístico como lugar de residência — tem aumentado a procura por imóveis, enquanto a oferta se mantém limitada. Parte desta limitação resulta da redução de imóveis disponíveis para habitação permanente, influenciada pelo crescimento do Alojamento Local (AL) e por uma menor rotação no mercado.

Embora ainda existam terrenos e possibilidades de construção, a resposta do lado da oferta não tem acompanhado o ritmo da procura, o que exerce uma pressão natural sobre os preços. Isto ajuda a explicar porque, mesmo com um aumento de quase 50% no valor por metro quadrado desde 2020, os preços continuam a subir de forma consistente — atingindo 1.611€/m² em abril de 2025, ainda bastante abaixo da média nacional de 2.827€/m².

Muitos analistas consideram que Fátima ainda está longe de atingir um "teto" definitivo de valorização, mas é importante reconhecer que nenhum mercado cresce indefinidamente — e que, na verdade, ninguém tem uma resposta certa sobre até onde os preços podem ir.

Embora a tendência atual aponte para uma valorização sustentada, continuam a existir riscos — desde alterações legislativas, como restrições ao AL, até choques económicos externos — que podem levar a correções de curto prazo, médio e longo prazo.

Como em qualquer decisão financeira importante, é fundamental analisar o contexto, ponderar os objetivos pessoais e compreender os riscos associados. O mercado imobiliário pode oferecer boas oportunidades, mas também está sujeito a oscilações. Por isso, antes de avançar com um investimento, é sempre recomendável procurar aconselhamento junto de profissionais do setor, recorrer a simulações financeiras e avaliar todas as variáveis com atenção.

 

Bruno Abrantes*

 

Foto:  Pexels 

 

 

Bruno Abrantes é especialista em marketing na HexaIntel e apaixonado pelo mercado imobiliário. Não sendo um profissional da área, dedica-se a acompanhar e estudar as tendências do setor em Portugal.

Mais Notícias Sociedade